Hackers exploram vulnerabilidades em sistemas de carros elétricos, exigindo medidas de proteção

O aumento na frota de veículos elétricos no Brasil sinaliza um avanço em direção à possibilidade de um futuro mais sustentável e tecnológico. No entanto, essa transição traz à tona novos desafios, especialmente no que diz respeito à segurança cibernética. Com sistemas cada vez mais conectados e dependentes de softwares sofisticados, os carros elétricos podem se tornar alvos potenciais para hackers.

Os hackers têm se mostrado cada vez mais interessados em invadir automóveis. Em 2019, a empresa de cibersegurança Karamba Security postou uma falsa unidade de controle eletrônico online e recebeu 25 mil tentativas de invasão em três dias. A invasão mais notória ocorreu em 2015, quando pesquisadores controlaram um Jeep Cherokee remotamente, levando a FCA a fazer um recall de 1,4 milhão de veículos. As vulnerabilidades variam de roubo de dados a controles perigosos de aceleração e frenagem, com potencial para causar acidentes graves.

Um outro exemplo de incidente que teve participação de hackers, ocorreu em 2022, a Ilha de Wight, no Canal da Mancha, ao sul da Inglaterra, enfrentou uma situação inusitada e perturbadora envolvendo proprietários de veículos elétricos. Três eletropostos na ilha foram alvo de ataques cibernéticos, fazendo com que as telas, que normalmente exibem informações de carregamento, passassem a mostrar sites pornográficos. A vulnerabilidade das estações de recarga não só expõe os motoristas a conteúdos inadequados, mas também levanta questões sobre a segurança dos dados e a integridade dos sistemas de carregamento.

A crescente integração de sistemas digitais nos veículos reflete no desenvolvimento de medidas robustas de segurança cibernética. Especialistas aconselham que compradores de carros novos em 2024 não avaliem somente a funcionalidade física, mas também a segurança cibernética dos veículos, considerando fatores como compatibilidade de dispositivos e software, recursos de segurança integrados e suporte técnico contínuo. O Property Casualty 360 elaborou uma lista de medidas de proteção contra a ação de hackers a fim de proteger os carros conectados. Dentre elas, destacam-se: Utilizar redes Wi-Fi seguras para atualizações e transmissão de dados; Desativar recursos de conectividade desnecessários para reduzir pontos de entrada para hackers; Ser cauteloso com dispositivos e aplicativos de terceiros; Habilitar sistemas de firewall e detecção de intrusão; Criptografar a transmissão de dados; Auditar regularmente os dispositivos conectados e remover os não autorizados; Manter o software atualizado com patches de segurança; Usar senhas fortes e autenticação multifator; Implementar medidas de segurança física, como guardar chaves e dispositivos de acesso com segurança e usar travas físicas; Monitorar e limitar a coleta de dados para proteger informações pessoais.

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