Presidente da Associação dos Camelôs revela dificuldade em firmar acordo de seguro para as mais de 600 lojas afetadas.

Texto: Um incêndio de grandes proporções atingiu o Shopping Popular em Cuiabá, gerando debates sobre a cobertura de seguros para eventos de grande magnitude. O presidente da Associação dos Camelôs do local revelou que nenhuma empresa aceitou firmar acordo para assegurar a estrutura das mais de 600 lojas instaladas. Especialistas apontam que a estrutura de shoppings populares pode afetar a aceitação das seguradoras, especialmente em casos como o do incêndio no Shopping Popular.

Nelson Fontana, corretor de seguros e advogado, destaca que shoppings populares são considerados “riscos” devido à frequência e severidade dos eventos. No caso do incêndio, suspeita-se que o fogo tenha começado por uma falha no sistema elétrico do prédio. Instalações elétricas sobrecarregadas e a presença de mercadorias inflamáveis nas lojas contribuem para a propagação do fogo e agravamento das perdas.

A recomendação é que shoppings populares tenham sistemas de segurança eficazes, como hidrantes, extintores e equipe de manutenção rigorosa. O presidente da Associação dos Camelôs ressaltou a importância de documentação e vistorias para garantir a segurança das pessoas envolvidas. O presidente Lula anunciou que a União vai ajudar na reconstrução do local afetado pelo incêndio.

Thais Coutinho, sócia-fundadora da Seg Fácil Seguros, explica que a falta de estrutura diferenciada entre as lojas pode comprometer a segurança e dificultar a aceitação do risco pelas seguradoras. A falta de segurança individualizada entre as lojas é um dos motivos pelos quais as seguradoras não aceitaram o risco. Um corretor poderia ter oferecido seguros adequados de forma individual para cada loja, garantindo coberturas essenciais como incêndio, danos elétricos e Responsabilidade Civil.

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