Queimadas em São Paulo causam prejuízo de R$ 1 bilhão e afetam seguros rurais

Queimadas em São Paulo causam prejuízo de R$ 1 bilhão e afetam seguros rurais

Queimadas em São Paulo geram prejuízo de R$ 1 bilhão; setor de seguros rurais enfrenta consequências limitadas.

Incêndios afetam 3.800 propriedades e geram reavaliação dos seguros.

As queimadas que atingiram o estado de São Paulo geraram um prejuízo estimado em mais de R$ 1 bilhão. Apesar desse impacto financeiro, o setor de seguros rurais deve enfrentar consequências limitadas. De acordo com Fábio Damasceno, representante da FenSeg, os danos poderiam ter sido mais significativos se as queimadas tivessem afetado a colheita de inverno, que já foi finalizada. As áreas de cana-de-açúcar estão entre as mais vulneráveis, seguidas pelos seguros pecuários e florestais.

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, revelou que a grande maioria dos incêndios, cerca de 99,9%, foi provocada por ações humanas. Esses incêndios resultaram em duas mortes e mais de 800 pessoas foram forçadas a deixar suas residências. O mês de agosto registrou o maior número de focos de incêndio desde 1998, afetando mais de 3.800 propriedades rurais.

Além dos danos diretos, a situação atual ressalta a necessidade de reavaliar os riscos associados ao seguro agrícola. Tradicionalmente, esse tipo de seguro protege contra eventos climáticos, mas, segundo Damasceno, a ocorrência de incêndios em larga escala é uma nova realidade. Nos últimos dez anos, a seca foi considerada o principal risco para os agricultores.

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) divulgou que, no primeiro semestre de 2024, o setor de seguros agrícolas arrecadou R$ 2,2 bilhões, o que representa uma queda de 16,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. As indenizações, por outro lado, totalizaram R$ 1,8 bilhão, com um aumento de 2,3%. Em São Paulo, a arrecadação foi de R$ 338 milhões, apresentando uma leve queda de 1,1%, enquanto as indenizações alcançaram R$ 712,3 milhões, um aumento expressivo de 146,3%.

Diante desse cenário, a FenSeg está atenta à evolução da situação e trabalha na atualização de seus modelos de risco. O objetivo é adaptar as coberturas e garantir que o setor agropecuário esteja melhor protegido contra os novos desafios impostos pelas queimadas e outros fenômenos. A expectativa é que, com essas medidas, o mercado de seguros consiga responder de forma mais eficaz às necessidades dos produtores rurais.

 

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