Seguro Rural no Brasil sofre queda de 54,3% na proteção das terras agrícolas

Proteção das terras agrícolas no Brasil através do Seguro Rural teve uma redução de 54,3% nos últimos dois anos, levantando preocupações sobre a vulnerabilidade dos agricultores diante de eventos climáticos adversos.

Redução preocupa agricultores diante de eventos climáticos adversos

A proteção das terras agrícolas por meio do Seguro Rural no Brasil sofreu uma queda significativa nos últimos dois anos, de acordo com dados da consultoria Agroícone. Em 2021, eram protegidos 13,69 milhões de hectares, número que diminuiu para 7,12 milhões em 2022 e chegou a 6,25 milhões no ano passado, representando uma redução de 54,3% nesse período.

Essa diminuição é surpreendente, considerando o aumento dos eventos climáticos extremos que têm ocorrido no país. Além disso, contrasta com a realidade de outros competidores internacionais, como Estados Unidos, Argentina e Índia, que continuam fortalecendo seus mercados de seguro rural.

Gustavo Dantas, representante da Agroícone, ressalta que o pico de cobertura atingiu 14 milhões de hectares, o que indica que ainda há um longo caminho a percorrer para recuperar esses níveis. Ele aponta alguns fatores que contribuíram para essa redução, como o aumento das apólices após a seca de 2021, o encarecimento dos custos de produção e a volatilidade nos recursos federais destinados à subvenção ao seguro rural.

Essa tendência levanta preocupações sobre a vulnerabilidade dos agricultores brasileiros diante de eventos climáticos adversos e destaca a importância de medidas para fortalecer e ampliar o alcance do seguro rural. É necessário garantir uma rede mais robusta de proteção aos produtores do país, para que possam enfrentar os desafios impostos pelo clima e garantir a segurança de suas atividades agrícolas.

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