Vazamento de dados atinge 2,29 bilhões de registros, sendo 43% no Brasil

Relatório destaca a preocupação com vazamentos de dados e a falta de segurança cibernética no Brasil. Nova plataforma de inteligência artificial oferece solução para proteção de dados confidenciais. Normas de privacidade nos EUA e a importância da responsabilização das seguradoras também são abordadas.

Brasil é responsável por 43% dos dados vazados

A atenção ao cenário de vazamento de dados se mostra cada vez mais necessária, de acordo com um relatório divulgado pela empresa americana de gerenciamento de exposição cibernética, Tenable. Segundo o relatório, foram vazados no mundo um total de 257 terabytes de dados, correspondendo a 2,29 bilhões de dados no total. Dentre esses dados, 43% são referentes ao Brasil, totalizando 984,7 milhões de dados vazados, o equivalente a 112 terabytes.

Além disso, o relatório também aponta para o atraso do Brasil em relação à cibersegurança e à formação de profissionais na área. A baixa proteção de dados bancários é responsável por aproximadamente 35% do total de dados expostos. Diante desse cenário, uma nova plataforma de inteligência artificial chamada Redactable foi desenvolvida com o objetivo de detectar e redigir permanentemente dados confidenciais, oferecendo uma solução confiável para empresas que lidam com questões de privacidade de dados.

A fundadora e CEO do mecanismo, Amanda Levay, alertou para o aumento da vulnerabilidade de dados, que expõe tanto as empresas quanto os usuários a vazamentos. Levay ressaltou a ineficiência e ineficácia do uso de marcadores pretos ou caixas para proteger dados confidenciais. Diante disso, é necessário construir iniciativas sólidas que garantam maior segurança para ambos os lados.

No cenário estadunidense, as normas que regulamentam o direito básico de privacidade buscam preservar a integridade dos cidadãos. Embora os EUA ainda não tenham uma lei federal de privacidade, algumas leis estaduais de privacidade de dados entrarão em vigor ao longo de 2024, adicionando novos requisitos de conformidade para empresas em todo o país. Estados como Texas, Oregon, Utah e Flórida já aderiram a normas regulamentadoras da privacidade dos dados do usuário.

A necessidade de responsabilizar as seguradoras pelo vazamento de dados e os riscos envolvidos foi abordada pelo portal Infomoney. Shauhin Talesh, professor de Direito da Universidade da Califórnia, destacou a importância de avaliações regulares do risco e de solicitar mudanças prévias à concessão do seguro para tornar os segurados menos vulneráveis. Ricardo Villas Bôas Cueva, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ressaltou a importância de parcerias público-privadas e autorregulação para o setor.

A implementação de tecnologias avançadas, como VPN, inteligência artificial e aprendizado de máquina, e blockchain, pode ser uma grande aliada na proteção de dados e prevenção de vazamentos. Essas tecnologias ajudam na detecção de ameaças em tempo real e garantem a integridade dos dados. Ao investir em recursos inovadores e fortalecer suas defesas contra ameaças cibernéticas, as companhias de seguro podem aumentar significativamente a segurança dos clientes.

#vazamento de dados #cibersegurança #Redactable #privacidade de dados #seguradoras